Eu ainda sou do tempo em que...
Sem darmos por isso o Tempo passa e as coisas mudam. Umas mudam para melhor outras deixam muito a desejar.
Enquanto escrevia sobre coisas passadas dei por mim a recordar os meus primeiros anos de vida. Lembrava-me do Valor que davamos às coisas que hoje são rotina.
Comer uma banana, há 25 anos, era um luxo. Cada banana era degustada, apreciada como uma iguaria. Hoje comemos um cacho como quem bebe um copo de água.
O leite era especial... Directamente da vaca para a mesa, sem passar por pacotes ou por pasteurizações. Era completamente rico em nutrientes e naquela gordurinha saborosa. Os meninos de hoje nem conhecem o real sabor do leite.
A carne de porco tinha aquele gostinho especial. Tudo era comido devagar e com o gosto do fumeiro, da salgadeira e da banha corada pelo pimentão.
Toda a criação se passeava livremente debicando tudo o que se mexia pois não havia farinhas, Vá-lá uns farelos de quando em vez. Os ovos eram bem amarelos e a canja sempre saborosa.
Hoje vivemos dependentes da transformação industrial.
O leite é sempre adulterado, ora retirando-lhe a gordura, ora adicionando farinhas lacteas, até mesmo adicionando coisas estranhas ao mesmo.
As carnes que comemos são de criação intensiva. A carne nem consistencia tem.
Os ovos têm a gema quase branca e não sabem a nada.
A fruta é colhida verde. A maturação é feita no estomago.
etc, etc.... Podia continuar por muito tempo
Tenho, muitas vezes, saudades dos sabores de antigamente. Felizmente que ainda como muitos produtos da minha horta e da minha capoeira.
malta da terra
interessantes