Comissão de Utente dos Serviços Públicos da Freguesia do Couço
VAMOS DIZER NÃO
À DESTRUIÇÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS
Apelamos à população da Freguesia para que se mobilize e participe na Concentração frente ao Monumento ao Povo do Couço - no próximo dia 5 de Novembro, Sábado, às 9h - a partir do qual formaremos um “cordão humano”, a ligar os locais públicos que temos, como forma de demonstrar que estamos dispostos a Lutar em sua defesa.
Comunicado
A Comissão de Utentes dos Serviços Públicos da Freguesia do Couço, reuniu com a população no passado dia 22 de Outubro, na Casa do Povo, tendo estado presentes mais de cem populares dos diversos lugares da freguesia.
Das diversas intervenções ficou patente a opinião uníssona de que é fundamental consciencializar muitos mais para a intervenção em defesa da vida colectiva da nossa comunidade.
O que Hoje e no Futuro está em causa, - como cidadãos - são as condições de Igualdade e de Direito do nosso acesso aos Serviços Públicos. Numa Freguesia, com lugares tão dispersos, como a do Couço, não podemos permitir que nos retirem, reduzam ou descaracterizem serviços públicos fundamentais como a Estação dos Correios, a Segurança Social, a GNR, a Educação, os Transportes Escolares, a Gestão da Água ou da Saúde.
Como conclusão da reunião com a população, que contou com a presença e contributo, feito de experiência, de Domingos David Representante das Comissões de Utentes do ACES da Lezíria II, todos convergiram na necessidade da acção imediata face aos perigos de desmantelamento dos serviços públicos que nos restam na freguesia e que, são garante da nossa coesão e sobrevivência local.
Nesse sentido - como reforço e estímulo para as Lutas a que nos obrigam - foi aprovada uma proposta para a realização de um “cordão humano”, (no próximo dia 5 de Novembro, Sábado, às 9h), ligando os Locais de prestação dos Serviços Públicos na Freguesia, onde demonstraremos a determinação para lutar pela sua preservação.
A Junta de Freguesia do Couço, representada pelo sr. Presidente Luís Alberto Ferreira, esteve presente na reunião tendo-se solidarizado com a população, dando conta dos esforços desenvolvidos pela Junta na defesa dos vários Serviços Públicos na Freguesia, disponibilizando ainda todo o apoio necessário à Comissão de Utentes.
Por cada serviço público encerrado, destruído ou diminuído - sem luta e protesto da nossa parte, - mais facilmente outros serão destruídos!
A comissao de utentes dos serviços publicos da freguesia do Couço promove amanha uma sessao publica na casa do povo
as 15 horas.
Nota de imprensa
Achei interessante a divulgação deste comunicado pois todos nós vamos assistindo a este envelhecimento da populaçao e é urgente que tomemos consciencia que a muito curto prazo todos os sistemas de ajuda estarão mais de esgotados.
A PREOCUPANTE SITUAÇÃO DOS IDOSOS EM CORUCHE
Os números revelados há dias pelo governo no seu documento verde para a reforma da administração local, revelou dados perturbadores para o concelho de Coruche.
Além da ter perdido cerca de 6,5% da população em 10 anos, Coruche tem 234,2 pessoas com > 65 anos por cada 100 pessoas com < 15 anos.
São números assustadores que também revelam uma assustadora a ausência de visão para o Concelho de Coruche, porque continuam a não existir projectos de referência, como as aldeias lar (só para dar um exemplo), o investimento nos idosos/economia local, para evitar a perda populacional que Coruche tem assistido e permitir o cuidado efectivo de milhares de Coruchenses que precisam de apoio domiciliário e de unidades de apoio como centros de dia e lares.
A Misericórdia de Coruche tem uma lista de espera de mais de 500 idosos e o futuro lar da Lamarosa tem já a capacidade lotada e ainda não abriu. São duas unidades privadas, se bem que apoiadas pela autarquia (na sua construção) e por fundos da segurança social (no apoio ao funcionamento), mas seria de todo de considerar que o Executivo socialista que governa a Câmara INVESTISSE no apoio às nossas populações fomentando a criação de mais infra-estruturas no concelho directa ou indirectamente.
Pelas Pessoas, Por Coruche!
MIC – Movimento Independente de Cidadãos por Coruche
Enviaram me um endereço electronico de uma publicação do padres dos Sagrados Corações que estiveram na entao aldeia do Couço.
De entre eles se destacou o Padre João ainda hoje muito acarinhado pelas pessoas que com ele conviveram.
Aqui transcrevo uma passagem da publicação e que diz respeito à estada desta congregação no Couço.
http://www.sscc.pt/publicacoes/06_Jun_2011.pdf
Outro artigo sobre esta congregação religiosa tambem pode ser encontrado num artigo do Diario de Noticias. Para os interessados aqui fica o endereço http://www.dn.pt/inicio/interior.aspx?content_id=657026&page=2
Algo do passado recente **. Henrique Scheepens, ss.cc.
Couço é um concelho no Alentejo,
não longe de Coruche. O pároco
escreveu-nos uma carta a perguntar
se nós éramos a Congregação
dos Sagrados Corações de Jesus e
Maria e da Adoração Perpétua do
Santíssimo Sacramento. Pedia
desculpa pela sua ignorância e
acrescentou: "nem o Espírito Santo
sabe muito bem os nomes das
congregações reigiosas do mundo
inteiro". Quis saber isto porque,
em tempos, a Congregação teve
lá o servço da paróquia à sua
conta e passaram por lá uns
seis padres, pois durante uns
anos essa paróquia acolheu o
noviciado da Congregação. Escreveu
o pároco: Os Padres
Holandeses, como ficaram conhecidos,
tomaram conta das
paróquias do Couço e de S. Justa,
em Outubro de 1961. Pertenciam
à Congregação dos Sagrados
Corações de Jesus e Maria.
Estiveram no Couço um pouco
mais que oito anos (1961 -1970)..
O primeiro assento de baptismo feito
por eles tem a data de 17-10-1961
e o último é de 10-02-1970. No Arquivo
Paroquial não há carta nem
documentos relacionados com eles.
Porquê? Talvez tenham levado quando
saíram do Couço, forçados pela
PIDE. Ainda hoje se fala do P. João
Dekker, e as pessoas recordam
cenas que ficaram gravadas nas
suas memórias: a sua bondade, os
géneros da Caritas, as roupas e os
medicamentos que ele distribuía, a
sua travessia do Sorraia, a nado,
num dia em que a ponte fora submersa,
a sua alegria em casamentos
e baptizados , a preocupação
que manifestava pelos que não tinham
trabalho nem comida, e pelos
que eram presos. Visitavam as
escolas e eram só eles que davam
catequese na igreja. As catequistas
foram dispensadas.... Anotíca
da prisão dos padres soube-se no
Hospital Paroquial do Couço onde
trabalhavam irmãs da Virgem Maria
do Monte Carmelo (espanholas),
pelo telefone. Tudo fora feito em segredo.
O padre Miguel (ou Adriano)
veio celebrar ao Hospital e dissera
que tinham a casa cercada de tropa.
O P. João devia estar na igreja.
O P. Adriano, depois da Missa, foi
aos correios, deu mais umas voltas
e só depois é que foram presos. Aqui
tem, P. Luís, algumas coisas das
muitas que possuo sobre a presença
da vossa Congregação nesta
terra. Um abraço do P. Cordeiro.
P.S. O P. João Dekker tem aqui
uma rua com o nome dele. Foi muito
estimado pelas pessoas simples e
pobres e menos pelas ricas e instaladas.
P. Cordeiro.
Agradecemos ao P. Cordeiro o
seu testemunho. Nós lembrámo-nos
muito bem de tudo isto. O nosso
sofrimento foi grande na altura
mas muito maior o dos dois
expulsos que viram, de um momento
para outro, toda a sua
vida a ser alterada. A PIDE
acompanhou-os até Badajoz.
Daí seguiram para a sua terra.
O P. João Dekker teve muito
medo de voltar depois do 25 de
Abril de 1974 porque nunca
mais conseguiu encarar um
polícia. Passou uns anos em S.
João da Talha e mais tarde na
Penha de França, em Lisboa, onde,
no verão de 1979, se manifestou um
cancro intestinal que o levou, no
mesmo ano, à morte. Seus pais vieram
buscá-lo para morrer na sua
terra natal com a idade de 46 anos.
Acompanhei o João na sua doença
e presidi ao seu funeral em novembro
desse ano. Foi lido, na celebração,
o salmo 126; quando rezo
este salmo ou o ouço ler nas nossas
celebrações hoje, o João está
presente.
malta da terra
interessantes