Rei morto rei posto.... Acaba a semana da cultura começa a festa de Santa Justa.

Começa na Próxima quinta feira a Festa da Santa, na aldeia de Santa Justa.

 Este ano a Festa está mais forte e bem mais cheia de actividades, quer religiosas quer pagãs.

A parte religiosa começa na próxima quinta feira com um tribuo de oração e pregação que prossegue na sexta e no sabado. No sabado tem lugar a procissão em honra de Santa-Justa( um dia destes tenho que falar desta santa espanhola que deu nome à localidade).

A Parte pagã (a festa rija) tem folclore, touros, vacadas, fados e guitarradas, etc.

Apartir de amanhã publico o programa.

Mais um ano em que fiquei triste com a apresentação do Grupo de teatro do Couço.

A Culpa não é deles!!!

Ninguém conseguiu ouvir nada... se uma actriz se  ouvia melhor logo outra nem se percebia e a coisa perdia o rumo.

No ano passado aconteceu a mesma coisa e esperei que neste ano o som fosse pensado e melhorado.

O Trabalho amador tem destes reveses. Eu estou com eles e faço votos para que tal situação não se repita.

   Quando me deparo com uns dias mais quentes lembro-me imediatamente dum ícone da minha adolescência.

Quem não se recorda do famoso GITA?  O Homem aguentava todo e qualquer golpe de calor com o seu casaco.

Era vê-lo pela manhã, a comer os seus bolos de manteiga (banha de porco) encostado a um portão de zinco. Ele devia de gostar muito daquele portão. O sol mais forte aí se concentrava e ele, na maior das descontracções, aí passava grande parte do seu dia.

   As sestas eram num banco de jardim. Não se pense que era o que ficava mais à sombra. O banco perfeito para uma boa sesta era o que ficava mais à torrina do sol.

Ainda me recordo das suas respostas quando alguém o chamava à atenção; O QUE TAPA O FRIO TAPA O CALOR.

Certo era ver aquele homem de tez negra, cabelo curto, barba não muito grande e grisalha,  de camisa de punhos e colarinho bem abotoados todo sorridente a aproveitar o calor tal lagarto pintado.

Recebi um mail de uma mãe acerca do desfile do passado sábado na semana da cultura.

Eu não assisti  mas entendi publicar  depois de retirar alguns nomes e frases que considerei menos próprias.

« Sou uma mãe e encarregada de educação  de um aluno da EBI/JI do Couço. Quero que publiques o meu descontentamento acerca da organização do desfile desde ano na semana da cultura.

Mais uma vez tudo começou atrasado...parece que é norma este atraso.

  Tudo começou pela preparação em que houve discriminação  pois para algumas turmas, as dos mais velhos, houve convites para a participação e não foi como em outros anos em que todos contavam.

O final do desfile foi caótico. Uns davam a informação que o mesmo terminaria onde tinha começado, a outros foi-lhes informado que o termino seria na Junta de Freguesia. Como o Desfile terminou na rua do comercio era ver os pais, bem aflitos,sem saber onde ir buscar os seus filhos. Alguns já estavam na junta ou na escola e os filhos não apareciam.

  Os senhores que levaram os tractores pareciam baratas tontas. A uns mandavam-nos regressar à escola, a outros para a Casa do Povo e a outros para as suas casas...  Era vê-los a virar para todos os lados com as diferentes ordens que lhes davam. Valeu o Professor Noel que orientou a coisa, desmantelou a logistica e permitiu que eles fossem para as suas casas.

Nunca tinha assistido a tamanha confusão. Nós gostamos que os nossos filhos participem nestas actividades mas ficamos de pé atrás com esta desorganização.»

    Desde que me conheço que sempre ouvi que havia rivalidade entre  as duas margens do Sorraia.

Quando se encontravam era briga quase certa e casamentos entre pessoas do Couço e Santa Justa era coisa impensável.

Claro está que estas rivalidades se foram esbatendo e hoje entre os mais novos já nem se ouve falar em rivalidade. Casamentos e até viver em ambos os lados já é coisa corrente.

Ficam sempre episódios caricatos para a história e este que hoje ouvi contar por entre gargalhadas de saudade e de alegria ao recordar:

Diziam-me que os miúdos do Couço  quando apanhavam outros de Santa Justa no Couço os corriam à pedrada até ao rio até ao Rio. O Mesmo acontecia se acontece-se o contrário.

   A "batalha" era violenta e havia rapazes já bem treinados na arte da "pedrada". Numa Cascalheira, perto do Canal, os mais novos juntavam as pedras (munições) que os mais velhos atiravam à mão ou com ajuda de fisgas ou afundas. 

    Briga certa era no dia da distribuição dos cadernos e dos livros escolares na Casa do Povo. Todos os filhos do sócios da então Casa do Povo tinham direito ao material escolar. No dia da distribuição lá vinham os de Santa Justa buscar o material escolar e lá estavam os do Couço à espera para a batalha Campal

Recebi este comentário em resposta a outro que foi feito, por um docente da nossa escola, acerca da criação do novo agrupamento escolar.

É a opinião de uma mãe, encarregada de educação e, por isso, tem o seu valor e aqui lhe faço o devido destaque.

Muito obrigado pela sua partilha.

«Comentário:
Compreende-se a insatisfação, mas ao afirmar que o seu empenho e dedicação já não são iguais está a afirmar que as suas capacidades de docência são muito fracas. Ao perder o empenho e dedicação está a ser o primeiro a prejudicar a qualidade do ensino. Uma noticia destas deve servir sim para aumentar o empenho e dedicação para lutar pelos seus ideais e nunca para baixar os braços e ser o primeiro a denegrir a qualidade da prestação de serviços que é o ensino. Como encarregada de educação de um aluno desta escola, sinto-me incomodada e preocupada com as suas afirmações, vindo elas de um docente. Se todos os trabalhadores do País reduzissem o seu empenho e dedicação cada vez que recebessem más noticias, penso que com as actuais injustiças, os poucos que ainda têm emprego colocariam o País numa calamidade muito maior do que já está.»

Ao ler o comunicado da Junta de Freguesia tomei conhecimento do propósito do Ministério da Educação em criar um mega-agrupamento escolar com sede em Coruche.

Não partilho de algumas das inquietações da Junta de Freguesia em relação à EBI/JI do Couço fazer parte desse agrupamento. Compreendo que a junta de freguesia esteja alerta e procure o melhor para a sua população.

Não esqueço que o presidente da EBI/JI do Couço e outros com lugar na direcção fazem/ou fizeram parte do executivo da Junta. Talvez por isso este comunicado “tão preocupado”?

   Do meu ponto de vista:

-A escola não será fechada, nem removida do Couço pelo que, continua a servir a população do Couço. A luta pela construção da escola continua justificada;

-Quanto aos despedimentos não encontro razão para tal. Enquanto houver crianças as salas serão ocupadas e haverá necessidade do pessoal docente e não docente;

-Quanto ao desconhecimento da realidade social e económica, por parte dos novos directores, não me preocupa nem um pouco pois, existem estudos e o projecto existente é uma base de trabalho. A escolha da nova direcção terá certamente em consideração as diferentes populações alvo. 

   Temos que ter em conta que a realidade sócio-económica do Couço não é diferente das outras freguesias do Concelho.

    Devo lembrar escola foi dirigida, no seu início, por uma pessoa estranha ao Couço e venceu as dificuldades.

- A Junta alega que estará mais dificultada a relação entre as diversas entidades e a Escola, que será necessária mais e maior formalidade. As formalidades deverão ser as de sempre. A Facilitação e o facilitismo não devem ser a regra. Todas as entidades devem viver num espírito de cordialidade e de entre-ajuda.

- Quanto à situação de a escola se distanciar do meio onde se insere eu não acredito.

Os projectos educativos modernos privilegiam a interacção entre a sociedade e a escola.

Alguns professores já demonstraram que estão incomodados e que a sua “vontade” não é a mesma. Dizem que serão os alunos os prejudicados por eles estarem “menos dispostos”.Todos sabemos que quando não estamos bem dispostos  isso se recente nas nossas actividades. Mas o Professor tem o dever ultimo de leccionar e preparar alunos. Neste caso o seu posto de trabalho continua, as suas crianças continuam apenas  muda o corpo directivo.  Maior instabilidade é quando não está efectivo numa escola e salta de estabelecimento em estabelecimento.

Com o Agrupamento, penso que , apenas os corpos dirigentes da escola serão afectados.

Não deve de ser fácil ver um projecto que foi aprovado e mandatado para 4 anos ser cortado a meio. Temos que ter em conta que estes directores são professores por formação e que os seus lugares na docência estão assegurados.

Quem sabe se os directores não serão integrados na direcção do Agrupamento?

Recordo também que a nossa escola só lecciona até ao 9º ano de escolaridade e que as crianças terão que frequentar outro estabelecimento de ensino para completar a escolaridade obrigatória. O facto desta escola ficar integrada com Secundária de Coruche é uma mais valia. Talvez se esbata a diferença e as dificuldades que as crianças encontram sejam menores.

Realmente a diminuição dos conselhos directivos é uma medida economicista. No entanto acredito que as direcções dos agrupamentos serão dotadas de meios darão conta do recado.

Em meu entender a criação do mega-agrupamento não prejudicará os alunos e, em alguns pontos, pode ser até benéfica

« A junta de freguesia do Couço ao tomar conhecimento da intenção do governo de retirar os poderes de decisão à EBI/JI do Couço, criando um mega-agrupamento em Coruche, manifesta o seu veemente repúdio por tal medida, considerando que:

A população da freguesia lutou muitos anos para que a escola fosse construída, pois sentia-a como uma necessidade básica e a única forma de aproximar o ensino aos jovens da freguesia,, o que aconteceu em 2002.

Pretende agora o Ministério da Educação substituir a gestão da escola no Couço por uma gestão à distancia, impedindo uma resposta localizada e atempada aos problemas, acarretando formalismos e atrasos. desumanizado a escola.

Na administração da escola deve prevalecer como prioridade o critério da natureza pedagógica e não razões meramente económicas. O que se pretende é a redução de custos gerando na freguesia mais desemprego e dificuldades ao reduzir pessoal docente e não docente.

Com esta medida está a criar-se instabilidade na escola, cuja direcção foi eleita há um ano, para um mandato de 4 anos e com um projecto educativo extensível à comunidade. Assim, está a desrespeitar-se o trabalho  dos professores e a criar mais incertezas na vida das pessoas.

A EBI/JI do couço é um espaço novo com boas condições para o ensino das crianças da freguesia  não se justificando a sua inclusão num agrupamento distante, a mais de 25km e desconhecedor das realidades sociais e económicas do Couço.

Queremos um ensino público de qualidade e próximo da população.

O presente co0municado provém de uma Moção enviada a:

-Presidente da Republica

-Presidente da Assembleia da Republica

-Grupos Parlamentares na Assembleia da Republica

-Ministério da Educação

-Direcção Regional de Educação de Lisboa

-Câmara e Assembleia Municipal de Coruche

Couço, 30 de Junho de 2010  »